Quilombo, cultura popular e ancestralidade, com Maria de Tiê e Nina Fola

No terceiro dia do seminário da MIAC – O Tempo dos Corpos, no Salão de Eventos do Instituto Ling, Maria de Tiê e Nina Fola conversam sobre as histórias dos quilombos no Brasil, a cultura desenvolvida nesses espaços e a resistência da ancestralidade.

Maria de Tiê é uma força da natureza. Mulher quilombola responsável por manter viva a Dança do Coco e o Maneiro-Pau na Comunidade Quilombola dos Souza, localizada no Sítio Vassourinha, na região do Cariri, Ceará. Remanescente de quilombolas, atua como militante do movimento negro e defensora da cultura popular. Em suas toadas e emboladas de coco, luta por dias melhores e transmite com maestria os saberes herdados de seu pai, o Mestre Luiz Manoel de Souza — referência em manifestações como o Reisado, a Banda Cabaçal e o Grupo de Penitentes. Maria é guardiã de uma memória viva, que compartilha com filhos, netos e jovens da comunidade.

Nina Fola é socióloga, cantora, percussionista, produtora cultural e militante antirracista, com mais de 30 anos de atuação. Doutoranda em Sociologia pela UFRGS, é fundadora da OSCIP Africanamente e coordenadora do Coletivo Atinúké – Pensamento de Mulheres Negras. Atua em territórios quilombolas e de terreiros, articulando saberes acadêmicos e populares em projetos de formação, cuidado e resistência. É também idealizadora da Biblioteca Negra Pedro Cunha e do Ponto de Cultura Espaço Escola, espaços dedicados à valorização da cultura negra e à educação comunitária.

Duração: 90 minutos

Classificação etária: Livre

A MIAC - O Tempo dos Corpos conta com patrocínio da Crown Embalagens, apoio do Instituto Ling e produção da Canard Produções. Realização do Ministério da Cultura, Governo Federal, por meio da Lei Rouanet de incentivo a projetos culturais.

Host or Publisher Instituto Ling