Jabu ⟡ Gibrana Cervantes ⟡ Matt Evans ⟡ ZDB
Schedule
Sat, 25 Jan, 2025 at 10:00 pm
UTC+00:00Location
Galeria Zé dos Bois | Lisbon, LI
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Entrada: 12€Bilhetes disponíveis em: https://zedosbois.bol.pt/
Jabu
Projecção espectral e real de uma identidade que intuitivamente nos traz imagens e sons de Bristol, este trio formado por Jasmine Butt, Amos Childs e Alex Rendall com associações à crew dormente/extinta da Young Echo, tem traçado uma psico-geografia sonhadora da cidade que recolhe as linhagens, já por si indissociáveis, da música aí geminada, do post-punk, à cultura sound system, ao trip hop e ecos electrónicos transviados de todas elas do agora para uma cartografia de canções enevoadas. Num elo que parece nunca ter sido devidamente pautado que une o sonambulismo urbano devedor do dub daquilo que se convencionou chamar de trip-hop – apesar das justificada recusa das suas figuras centrais do termo = mais próximo de ‘Nearly God’ de Tricky do que o downtempo bafiento da Mo Wax – ao escapismo dream pop de A.R. Kane ou Cocteau Twins, e que tem tido espaço de manobra pleno de ideias e personalidade em nomes como Hyperdawn, YL Hooi ou HTRK.
Assentando numa instrumentação espaçada de guitarras eléctricas, batidas refundidas, baixos reverberantes, miragens de sintetizador, vozes planantes e ecos, Jabu chegam ao seu terceiro álbum – A Soft and Gatherable Star – com um som já plenamente laminado após ‘Sleep Heavy’ de 2017 e ‘Sweet Company’ de 2020. Juntando a este núcleo instrumental participações discretas mas cheias de valência de nomes como Birthmark, Rakhi Singh ou Will Yates tcp memotone em sintetizadores, cordas e clarinete, ‘A Soft and Gatherable Star’ escapa aos confins opressores das paisagens de betão e daquela aura de regresso apático a casa após uma festa sem grande sentido para chegar a uma certa ideia romantizada dos subúrbios inebriada em fumo. Com as luzes e vidas insones a ecoar a curta distância, acessos de memória e vidas futuramente passadas em dez canções que nunca se sufocam, nunca se resolvem. Habitam no seu próprio centro gravitacional, sugerindo emoções que escapam ao cliché por entre arranjos subtis, palavras fugidias e melodias hipnóticas simples de guitarra e sintetizador. Já todas vivemos isto, de uma ou outra maneira. Nesta ou noutra cidade. BS
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Gibrana Cervantes
Gibrana Cervantes é uma musicista mexicana pioneira, conhecida pelas suas contribuições únicas para o panorama da música experimental como violinista, compositora e improvisadora. A sua arte destaca-se pela fusão inovadora de influências clássicas, metal, pós-rock, noise, improvisação e avant-garde, resultando num estilo distinto que equilibra melodia, humor e cacofonia com profunda ressonância emocional.
O seu violino desafia uma categorização fácil. Por vezes melódico, por vezes feroz e pesado, e por vezes caótico, o vocabulário musical de Cervantes engloba uma enorme variedade de sons. O instrumento às vezes assume a liderança do som atmosférico e doométrico da banda Vyctoria, às vezes é encontrado tecendo paisagens sonoras ambientais como parte de seu trabalho com Amor Muere, ou assume vários estilos em sua própria composição solo. A este respeito, o violino de Gibrana não conhece fronteiras. A sua formação clássica e a vontade de explorar para além da sua formação rigorosa fazem dela uma das mais originais experimentalistas na esfera latino-americana. As suas actuações foram aclamadas pela crítica, com destaque para os espectáculos no CTM Festival e Radical Sounds of Latin America 2023 em Berlim, The Royal Albert Hall com Mabe Fratti, Café Oto, Iklektic e The Old Church em Londres.
Cervantes é também um membro chave do conjunto experimental Amor Muere, onde colabora com Mabe Fratti, Concepción Huerta e Camille Mandoki.
Para além do seu trabalho a solo e em colaboração, Gibrana compôs partituras originais, incluindo Presencias, lançado pela VIX em colaboração com Camille Mandoki. Também contribuiu com os seus conhecimentos de violino para a partitura da série da HBO The Baby, composta por Lucrecia Dalt, estendendo a sua colaboração a contribuições instrumentais para o álbum de 2022 desta última, aclamado pela crítica, ¡Ay! Além disso, Cervantes é a co-fundadora e curadora do 316centro na Cidade do México, um espaço vital dedicado à promoção de formas emergentes de arte sonora em toda a América Latina.
Atualmente sediada em Londres, Cervantes lançou o seu álbum a solo ¿Cómo pasamos la eternidad? em agosto de 2023 com a editora Mexican Rarities, seguido de Vortex Submarino com a Aurora Records em 2024. Atualmente, está a trabalhar num novo álbum e continua a sua colaboração com a aclamada coreógrafa Florentina Holzinger Florentina Holzinger, compondo e actuando na Ópera SANCTA, que tem datas agendadas até 2026. Gibrana também continua a ser um membro de longa data da banda experimental mexicana Vyctoria, contribuindo para os seus álbuns V, Ahora veo más claro e VAV.
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Matt Evans
Matt Evans é um baterista e produtor de Brooklyn que cria música electroacústica que tem em conta a interconectividade, a incorporação e a paisagem. As suas composições inspiram-se na esotérica do milénio, em fenómenos naturais e na ficção científica, resultando em paisagens sonoras hipnóticas e mundos sónicos surreais.
Combinando uma abordagem meticulosa de bateria com teclados e samples processados de forma imaginativa, Matt cria uma música rítmica e pós-ambiental que foi descrita como “hiperreal e fantasmagórica” (Wire Magazine) e “uma forma de complexidade arrepiante” (New York Times). Matt apresentou projectos a solo no Guggenheim, The Kitchen, Roulette e 2220 Art+Archives e lançou discos com Moon Glyph, Whatever’s Clever, Dinzu Artefacts, NNA Tapes, Deathbomb Arc, New Amsterdam, Cantaloupe, Perfect Wave e Thrill Jockey.
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Where is it happening?
Galeria Zé dos Bois, Rua da Barroca nº59,Lisbon, PortugalEvent Location & Nearby Stays: