Salatinas ⟿ Histórias da Velha Alta de Coimbra

Name: Salatinas ⟿ Histórias da Velha Alta de Coimbra
Start: 2026-01-10T21:30:00+00:00
End: 2026-01-10T23:00:00+00:00
Location: Praça da República, 3000-343 Coimbra, Portugal

Schedule

Sat Jan 10 2026 at 09:30 pm to 11:00 pm

UTC+00:00

Location

Praça da República, 3000-343 Coimbra, Portugal | Coimbra, CO

cinema / documentário
Salatinas
Histórias da Velha Alta de Coimbra
⟿ entrada gratuita
Na década de 1940, cerca de três mil pessoas foram expulsas da Alta de Coimbra para dar lugar à Cidade Universitária. Este é o testemunho dos últimos sobreviventes dessa comunidade e de uma das maiores transformações urbanísticas em Portugal, num tempo em que desalojamentos forçados, falta de acesso à habitação e segregação social ainda fazem manchetes. Uma viagem à memória do bairro histórico varrido do mapa sob o ímpeto renovador do regime e ao burburinho de estudantes, tricanas, merceeiros e alfaiates que se esconde por baixo das faculdades. Um documentário sobre pessoas, mas também sobre poder, resistência, identidade e o preço do progresso.
Este documentário começou a ser pensado e produzido na primavera de 2023, na sequência de uma reportagem premiada e dada a urgência de captar em vídeo os poucos salatinas ainda vivos. Foram sendo recolhidos testemunhos, depoimentos de especialistas, material inédito e banda sonora original.
Há muita Coimbra por contar. Com a política de reabilitação urbana no centro histórico na ordem do dia, no ano em que se celebra meio século de Liberdade, rebobinamos e revemos a destruição de parte da Alta de Coimbra às mãos do Estado Novo. Resgatamos uma das memórias mais brutais da cidade e seguimos o rasto dos Salatinas, a comunidade que habitava nessa zona da cidade, e da importante – mas desconhecida – história da demolição do núcleo histórico para dar espaço à visão renovadora de Salazar: a Cidade Universitária.
Camada sobre camada, Coimbra continua a morrer e a renascer consecutivamente. Mas e as suas gentes? E as suas rotinas? As suas tradições?
Estima-se que, a partir dos anos 40 do Séc. **, cerca de três mil Salatinas tenham sido deslocados da Alta de Coimbra para zonas distantes da cidade, entretanto rodeadas e absorvidos pelo espaço urbano. Cerca de duzentos edifícios de vinte quarteirões foram arrasados e os desalojados distribuídos por novas moradas construídas para os acolher na então periferia da cidade: os bairros de Celas, Fonte do Castanheiro, Arregaça, Marechal Carmona (hoje Norton de Matos), Santa Clara e outros.

Origem Portugal, 2025
Um documentário de Filipa Queiroz, Rafael Vieira, Tiago Cerveira
Com banda sonora original de Gonçalo Parreirão
Conversa pós-exibição do documentário

auditório TAGV
duração aprox. 1h30
M6

⟿
percurso integrado na exibição do documentário
Salatinas Histórias da Velha Alta de Coimbra
(10 janeiro 2026, 21h30)
Caminhada Salatina
Com Filipa Queiroz, Rafael Vieira, Tiago Cerveira
participação gratuita
*Percurso integrado na exibição do documentário Salatinas Histórias da Velha Alta de Coimbra (10 janeiro 21h30)
“Está uma noite tão linda, vou despedir-me da Alta”, disse António Rodrigues da Costa, que tantos anos depois ainda tinha nos ouvidos o som do eco dos seus passos pela rua. “Ganhava-se amor ao sítio onde se morava, sabe?”
Nesta caminhada ao cair da noite de São Martinho os autores do documentário Salatinas — Histórias da Velha Alta de Coimbra prestam homenagem a um dos seus protagonistas que faleceu no passado dia 5 de outubro, recriando o percurso que descreve no filme, desconstruindo o antigo território da comunidade deslocada nas décadas de 40, 50 e 60 do século passado para dar lugar à Universidade e recuperando a sua aura. Um passeio especial, que começa e termina à porta do Teatro Académico de Gil Vicente, onde se pretende evocar a memória da Alta coimbrã, combinando testemunhos reais, leitura de textos, observação de lugares transformados, pequenas paragens de desenho, escuta e algumas surpresas.
No final, os participantes estão convidados para comer castanhas e beber um pouco de chá num momento de partilha reforçando o sentido de encontro, comunhão e comunidade.
Percurso orientado por Filipa Queirós, Rafael Vieira, Tiago Cerveira
Percurso com cerca de 2 km com início à entrada do TAGV. Dificuldade Baixa. Trajeto inicial ascendente até à Alta, depois plano e descendente de regresso ao TAGV
Número máx. participantes 20 pessoas
Inscrição [email protected]
M6
Participação gratuita

⟿
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 — 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados