Madeira / Rodrigues / Santos / Torres / Van Schouwburg
Schedule
Sat, 21 Dec, 2024 at 07:00 pm
UTC+00:00Location
Rua Cabo Manuel Leitão, 1300-110 Lisboa, Portugal | Lisbon, LI
apresentam:
Concerto de Música Reducionista / Near Silence
MÚSICA QUASE SILENCIOSA
dia 21 de Dezembro
Carlos Santos - sintetizador modular
Ernesto Rodrigues - viola d'arco
Jean-Michel Van Schouwburg - voz
João Madeira - contrabaixo
Nuno Torres - saxofone
https://www.creativesourcesrec.com/
https://creativesources.bandcamp.com/
https://4darecord.bandcamp.com/
Neste 3º aniversário da 4DaRECORD, numa feliz co-produção com a Creative Sources, realizar-se-á este concerto muito especial e único em todas as suas dimensões.
Venham à Oficina das Artes, na Rua Cabo Manuel Leitão nº1, Ajuda, Lisboa, assistir a este evento exclusivo e imperdível. Haverão bebidas, cds dos músicos e, principalmente, uma experiência única de percepção auditiva e musical, deep-listening em que se ouve com o corpo todo.
Carlos Santos (1967, Lisboa, PT)
Artista sonoro e músico electrónico, desenvolve o seu trabalho em torno do espaço arquitectónico e de fenómenos acústicos recorrendo a tecnologia sonora digital, utilizando metodologias de investigação de cariz artístico. Apresenta-se publicamente em diferentes formatos, como concerto electroacústico, difusão Acúsmatica, instalação “site-specific”, “soundscape composition” ou performance sonora. Utiliza computador portátil com software desenhado por si na linguagem de programação gráfica max/msp, para geração sonora e manipulação electronica, sintetizadores modulares, pequenos objectos ressonantes, elementos piezeléctricos, microfones e altifalantes. Desde o inicio da década de 90 que mantém uma presença activa nos campos da nova improvisação electroacústica e “live electronics”, tanto em Portugal como no estrangeiro, colaborando com inúmeros artistas e projectos, amplamente documentados em suporte CD, com mais de 40 trabalhos publicados. Fez design sonoro e música para animação, video, dança e teatro, produziu programas radiofónicos para a radio Zero, performances sonoras em locais inusitados com formatos pouco habituais. Uma parte fundamental do seu trabalho assenta sobre a temática do som e a sua percepção e influência em termos sociais, arquitectónicos, politicos e históricos, nesse âmbito deu workshops de “escuta atenta”, organizou “Soundwalks” ou trabalhou com pequenas comunidades em projectos experimentais de som. Foi professor de som e composição sonora na escola de artes, Ar.Co, leccionou “introdução ao audio digital e programação em ambiente max/msp” na Restart (Escola de Design e novas tecnologias) e no Instituto Politécnico Autónomo – IPA, para além de inúmeros workshops sobre praticas artísticas sonoras e improvisação com electronica. Estudou pintura com António Sena e trabalha como designer gráfico, sendo responsável pela comunicação visual da editora discográfica portuguesa “Creative Sources” e da russa “Aural Terrains”. Co-fundou a editora de música experimental, Sirr-ecords (2000-2003) e foi co-fundador e responsável pela comunicação visual da associação de arte experimental “Granular” (2003 -2015). É responsável pela imagem e comunicação da associação Arte no Tempo, promotora de música contemporânea, sediada em Aveiro.
Ernesto Rodrigues (Lisboa, 29/08/1959)
Violetista português.
Começou a estudar música aos 5 anos sob a orientação do maestro Wenceslau Pinto. Frequentou o curso de violino do Conservatório Nacional. A partir de 1977 inicia as suas incursões na música improvisada “não idiomática” assim como em todos os géneros musicais, desde a música contemporânea ao free jazz e música improvisada, ao vivo e em estúdio.
A relação com seus instrumentos é focada em elementos sonoros e texturais. A música eletrónica foi uma influência precoce na sua abordagem ao violino, que desafia os conceitos românticos tradicionais do violino / viola através do uso de preparações e micro tuning.
Ativo em diferentes cenários da cena portuguesa, da livre música improvisada, como colaborador ou como líder de vários grupos. Tem uma produção discográfica extensa em nome próprio ou em colaborações. Fundador dos grupos Fromage Digital, Variable Geometry Orchestra, Suspensão, IKB, Diceros, String Theory, Diceros, Octopus, Lisbon String Trio e Spiegel.
Em 2000 cria a editora discográfica Creative Sources Recordings com grande reputação internacional.
Música para dança, cinema, vídeo e performance.
Tem tocado en festivais na Europa, América e Ásia.
Jean Michel Van Schouwburg Voice, performance, texts.
Biography updated 2024 December a/k/a JMVS
Born 1955. Jean-Michel Van Schouwburg develops vocal improvisation and voice extended techniques : jodels, deep throat singing, falsetto, mouth noises, imaginary languages, etc… He coined the word « phonoetry » (phonésie in french) to describe the kind of poésie sonore in his solo voice performance « ORYNX» CD Orynx & Orynx 2 digital.
Solo voice performances in London, Lille, Nitra /Slovakia, Liège, Brno, Budapest, Gent, Rotterdam, Hannover, Münster, Assenede, Brussels. Along the years worked extensively with Inaudible Collective since 1984, as a guitar player and switched gradually to vocals from 1996 onwards and focused on interactive and collective free improvisation as a vocalist improviser in the 2000’s definitively. Current groups and recordings with : Sverdrup Balance with Yoko Miura & Lawrence Casserley CDs Isla Decepcion & Arcturus, Sureau with bassist Jean Demey & Kris Vanderstraeten percussion since 2007.3 CDs
Mouthwind duo with Lawrence Casserley since 2010. CD’s MouthWind & Corps et Biens 876 with violonist Matthias Boss & percussionnist Marcello Magliocchi plus Jean Demey while touring Italy, Austria & Hungary. CD Otto Sette Sei on Improvising Beings I Belong to The Band w Zsolt Sörès, Adam Bohman and Oli Mayne. Next Album Before The Wedding duo with John Russell /Empty Birdcage. Duos with: guitarists John Russell and Phil Gibbs, Adam Bohman on amplified objects, pianist Yoko Miura, violist Benedict Taylor and legendary percussionnist Sabu Toyozumi. Performed also with Gianni Mimmo, Phil Wachsmann, Mike Goyvaerts Jacques Foschia, Pascal Marzan, Audrey Lauro, Phil Minton, Ute Wassermann, Phil Durrant, Günter Christmann, Elke Schipper, Kay Grant, Ivo Perelman, and many others. Toured United Kingdom (a lot), France, Italy, Germany, Austria, Hungary, Slovakia, Czechia, Slovenia, Spain… Music : http://soundcloud.com/jean-michelvanschouwburg�Albums: www.orynx.bandcamp.com �
JM VS has organized and contributed to hundreds of improvised music concerts, gigs and festivals around Brussels along decades. Writes currently on improvised music in his own Music blog : http://orynx-improvandsounds.blogspot.com
João Madeira
Músico, compositor, produtor e editor, nasceu em 1979 (Lisboa), e iniciou estudos de música e de contrabaixo aos 12 anos, apesar do piano e a guitarra terem sempre estado presentes em todo o seu percurso de vida. Professor desde que terminou a sua licenciatura em Musicologia (2003 - FCSH-UNL), foi etnomusicólogo bolseiro (2004) participando na pesquisa para a elaboração da candidatura do Fado a Património Imaterial (UNESCO). Como músico e compositor contribuíram para a sua formação: Carlos Zíngaro, Cristopher Bochmann, João Panta-Nunes, Jorge Lee, Rui Vieira Nery, Salwa Castello Branco, entre outros. Foi um dos membros fundadores da banda folk "Monte Lunai", com quem tocou em inúmeros concertos e festivais, entre 2002 e 2008, ano da gravação do primeiro disco da banda. Antes, em 2005, já se estreara no teatro com os Artistas Unidos e Jorge Silva Melo, em uma das suas maiores produções de sempre: "A Fábrica de Nada". Em 2007 colabora na criação coletiva "Agora eu Era" da Companhia de Teatro do Chapitô. Em 2009, participa na criação "O Ginjal" dirigido por Mónica Calle. Em 2011 colaborou com o pintor Paulo Teixeira Lopes na criação de música para um conjunto de telas temáticas, e no mesmo ano criou o som e a música para os arte-vídeos da realizadora holandesa Mirjam - fazendo desse ano o ano zero da actividade criativa a solo de Madeira. Depois de uma estadia no Porto durante 3 anos, 2011 é também o ano de regresso a Lisboa.
No final desse ano volta a colaborar com Jorge Silva Melo na criação e produção da música para o filme "A África de José de Guimarães", com produção dos Artistas Unidos. Em 2012 pela primeira vez participa no Encontro MIA, encontro anual de improvisadores, que viria a frequentar até 2020, assistindo e tocando em concertos que viriam a ser determinantes para a sua dedicação à improvisação livre e ao indeterminismo na música. 2013 marca a sua primeira direção musical com a peça radiofónica "Para Acabar" a partir de Artaud, apresentada ao longo de uma semana em várias sessões, nos Maus Hábitos, Porto. Esta produção foi a primeira de "Homem-Madeira", a parceria com Constança C. Homem, com que veio mais tarde, em 2018, dar origem a "Sem palavras nem coisas", passando por duas residências artísticas - FEUP, Porto, e O'Culto da Ajuda, Lisboa. Por sua vez 2014 marca o seu primeiro concerto fora da península ibérica, no Festival Airolo in Tranzisione na Suíça, a convite da trompetista Hilaria Kramer, em trio com Miguel Mira. A colaboração com Margarida Mestre, com inúmeras criações e direção musical / composição e um CD editado, inicia-se em 2015, com o primeiro "Recital Popular", ano em que grava o seu primeiro disco para a Creative Sources - "Cloud Voices". Em 2017 inicia, como curador, o ciclo de concertos improvisados "Golfo Místico" na galeria Zaratan, em Lisboa. Antes, em 2016, dá-se a sua estreia na dança contemporânea, não só como músico, mas também como performer, na peça "Quando for Amanhã", dirigida e coreografada por Ana Borges. Mas a sua maior e mais completa experiência na área da dança foi a criação "Parece que o Mundo", em 2018, dirigida por Clara Andermatt e João Lucas, com 2 residências de criação, no Espaço do Tempo, Tomar, (onde já tinha estado com Mónica Calle em 2010) e Musibéria, Serpa. Neste espetáculo Madeira desenvolveu competências performativas e começou a afirmar uma ideia de solo identitário e identificativo, que viria a ser exponenciado durante 2019 e 2020 na criação "A Máquina Hamlet" (Heiner Muller) mais uma vez co-criando a música com Jorge Silva Melo. Durante as 6 semanas de Máquina Hamlet em cena em Lisboa, em Fevereiro e Março de 2020, João Madeira teve oportunidade de apresentar a sua música e a sua respetiva interpretação em palco para cerca de 1000 pessoas, potencializando assim a ideia de um solo. Essa ideia veio a concretizar-se com a gravação de um CD a solo em 2021, durante um confinamento, e que ainda reflete a música produzida sob a direção de Jorge Silva Melo para a peça de Heiner Muller. Esse CD a solo foi publicado em 2022, intitulado "Aqui, Dentro", com o apoio integral da Sociedade Portuguesa de Autores, pela editora Mic, sob a égide da Miso Music, dirigida por Miguel Azguime.
Durante o tempo que durou a pandemia, expandiu a sua formação em direção (2020) com o curso de direção orquestral e coral da Orquestra Costa Atlântica; tocou em Serralves, Porto, no Jazz no Parque (2020); tocou, com Luís Vicente e Mário Rua, no Festival de Saalfelden (AUS, 2021); continuou a gravar discos e fundou a editora discográfica 4DaRECORD.
Com um livro de poesia editado (2002 - "E a Lua Forma-se Luar"), Madeira desde sempre se interessou pela poesia, pela "palavra" no teatro e na música, e tem pesquisado e explorado a relação performativa/interpretativa entre instrumento acústico e a expressão vocal. Tem desenvolvido essa pesquisa principalmente com Margarida Mestre, desde 2015, com quem dirigiu musicalmente, por 3 vezes, o "Recital Popular", bem como outros eventos performativos, e com quem gravou um álbum em duo, editado em CD (2024) - "Voz Debaixo", com o apoio da SPA. Participou como performer em outras criações de dança e teatro com o Teatro o Bando; Divas Iludidas / Latoaria - "As Ruas..." e "Grande Noite do Fado"; Intruso dirigido por Romulus Neagu, Harmattan Theatre (EUA). Com discos editados em outras editoras como Creative Sources, FMR (ENG), SLAM (ENG), Catalytic (EUA), tocou, gravou e publicou já muitos álbuns com músicos como Abdul Moimême, Bruno Pedroso, Carlos Zíngaro, Carlos Bechegas, Daniel Levin, Dirk Serries, Ernesto Rodrigues, Flo Stoffner, Fred Lonberg- Holm, George Haslam, Hernâni Faustino, Helena Espvall, Jean-Michel Van Schouwburg, Luís San Payo, Luís Vicente, Miguel Mira, Noel Taylor, Nuno Rebelo, Paulo Chagas, Paulo Curado, Rádio Diáspora (Brasil), Sei Miguel, Simon Berz, Sofia Borges, Ulrich Mitzlaff, Ziv Taubenfeld, assim como a orquestra de improvisação V.G.O., entre outros. Em 2021 João Madeira fundou a editora 4DaRECORD, com a edição de "Ângulo / Flama", CD em dueto com Paulo Galão, e a editora conta já com diversos álbuns editados em CD e em formato digital, entre os quais se destaca a "Solo Series" - série de álbuns a solo com a curadoria e produção de João Madeira.
Nuno Torres
Lisboa / 1977
Com um percurso na pesquisa do saxofone explorando uma ampla gama de material sonoro recorrendo a técnicas estendidas. Promove e colabora com vários projectos na área das artes sonoras e dos novos media e, tem cooperado em diversos projetos cruzando as áreas da dança e das artes plásticas. Mestrado em Artes Musicais pela FCSH da U.Nova de Lisboa. Membro do Grupo de Investigação de Música Contemporânea do CESEM. Participa em diversos ensembles na área da música improvisada, experimental e reducionismo, onde colaborou entre outros com Ernesto Rodrigues, Sei Miguel, Rafael Toral, Axel Dörner, Gustavo Costa, Adriana Sá, C Spencer Yeh e Shiori Usui. Atuou em locais como Culturgest, Palais Tokyo, Fundação Serralves, Sowieso, DanceBase e CCB. Colaborou com várias iniciativas de rádio experimental e comunitária (stress.fm, c.e.m, CPAI e FestivalRadiaLx).
https://www.creativesourcesrec.com/
https://creativesources.bandcamp.com/
https://4darecord.bandcamp.com/