Karoline Leblanc & Paulo J. Ferreira Lopes & Fred Lonberg-Holm | Vicente Mateus

Name: Karoline Leblanc & Paulo J. Ferreira Lopes & Fred Lonberg-Holm | Vicente Mateus
Start: 2025-11-12T18:00:00+00:00
End: 2025-11-12T21:00:00+00:00
Location: Tasca das Artes [Rua Professor Celestino da Costa 6A]

Schedule

Wed Nov 12 2025 at 06:00 pm to 09:00 pm

UTC+00:00

Location

Tasca das Artes [Rua Professor Celestino da Costa 6A] | Lisbon, LI

Karoline Leblanc & Paulo J Ferreira Lopes, jamais esquecido o concerto que a Nariz Entupido teve o prazer e a honra de organizar na noite de 22 de Maio deste ano, no Ciclo de Concertos para Salas Vazias, na SMUP.
Há uma coincidência musical que nos une. Mas, se fosse somente este o aspecto seria demasiado curto. A música é a expressão máxima da vida, pelo menos para nós, mas é sobretudo uma forma de compreendermos o que nos rodeia e o papel que nele podemos ter. Numa frase tão lucida como provocatória, ou talvez por isso – ‘abaixo as escolas, vivamos os dias!’.
E é tão simples. A este duo junta-se músico exímio Fred Lonberg-Holm e a antecede-los Vicente Mateus, músico de imaginação precoce e constante, subversivo nos silêncios e nos sons que cria; e, como não podia deixar de ser, de sorriso sibilino.

KAROLINE LEBLANC | Pianista e improvisadora canadiana radicada em Sintra, Portugal.
De 1983 a 1997 estuda violino, cravo, órgão, ondes Martenot, análise e teoria musical nos Conservatórios de Rimouski, Québec e Montréal. Continua os seus estudos durante dois anos na «Concordia University» no programa «advanced music performance» e beneficia de «workshops» com Ton Koopman, Arthur Haas, Bob Van Asperen, Hendrick Bouman e Pierre Hantaï. Desde cedo cativada pela música clássica contemporânea, executou várias obras de compositores canadianos (entre outros, Jean Lesage, André Ristic e Michel Gonneville).
Desde 1998, através de encontros intuitu personae com músicos improvisadores, tendo como ponto de partida o «free jazz», ela procura incessantemente atingir novas expressões, sem, no entanto, pretender quebrar o enquadramento das formas,
enfatizando assim a vanguarda clássica.
Leblanc co-realiza, com o baterista Paulo J Ferreira Lopes, atrito-afeito, uma editora independente criada em Montreal para a divulgação de alguns trabalhos específicos de produção própria e colaborações relacionadas. Em 2011, conceberam a «Total Improvisation Troop»: um ensemble transmutável, um laboratório vivo envolvendo arte sonora, eletrónica e jazz.
Leblanc dedica-se também à composição eletrónica e eletroacústica.
Tendo ao fio dos anos, colaborado com numerosos músicos portugueses e encontrando em Portugal a inspiração para a continuação dos seus projetos, em 2023 aqui decidiu residir.

FRED LONBERG-HOLM | Músico e improvisador radicado em El Cerrito, Califórnia. Estudou violoncelo com Ardyth Alton e Orlando Cole e composição com Morton Feldman, Anthony Braxton e Bunita Marcus. Amplamente reconhecido como violoncelista, a sua abordagem musical se caracteriza por uma escuta atenta e a utilização dos elementos presentes, sejam eles provenientes de outros músicos ou do próprio ambiente sonoro. Lonberg-Holm tem colaborado com um grande número de artistas, incluindo Jessica Ackerley, Farida Amadou, Michael Bisio, Ben Bennett, Georges Paul, Tomeka Reid, Simon Camatta, John Edwards, Ahmed El Mottassem, Helena Espvall, Sandy Ewen, Frode Gjerstad, Kirk Knuffke, Mat Maneri, Joe McPhee, Miguel Mira, Abdul Moimême, Paal Nilssen-Love, Dave Rempis, Roscoe Mitchell e Ben Vida.
Embora a improvisação livre em encontros musicais espontâneos seja o pilar de sua prática, Lonberg-Holm também se dedica a projetos contínuos, como Ballister, Survival Unit III, Ear Scratcher, Camatta/Lonberg-Holm, Jakal, The Flying Cellos, Lightbox Orchestra, Party Knullers e Stirrup.
Na sua trajetória, destacam-se participações em projetos como o Peter Brötzmann Chicago Tentet, Vandermark 5, Selfhaters de Anthony Coleman, Atlantic Septet de Joëlle Léandre e seus próprios grupos, Terminal 4 e Valentine Trio.
PAULO J FERREIRA LOPES | Percussionista improvisador autodidata, nascido em Lisboa em 1962. Iniciou a sua atividade musical em 1980 na companhia do multi-instrumentista Carlos Cordeiro “Farinha”, com quem colaborou, de modo consequente, na primeira metade dos anos 80. Interessado desde logo pela prática de músicas improvisadas, a decisão de tomar decisivamente esse caminho foi cimentada em 1986, quando teve a oportunidade de partilhar o palco com o violinista Carlos Zíngaro, principal precursor nacional nessa área. De 1987 a 2023, Ferreira Lopes residiu em Montreal no Canadá, onde se dedicou, sem compromisso, à difusão e progredimento da música improvisada ao nível local (da criação de espaços independentes ao grande palco, passando pelo in situ), seja como membro da «Association des Musiciens Improvisateurs de Montréal (AMIM)» ao lado de nomes como Lisle Ellis, Michel Ratté, Vladimir Ulman ou Yves Charuest, seja por intermédio de colaborações multidisciplinares («sound theater», coletivos performativos e criações de autor), tendo sempre como desvelo a incorporação de elementos de composição espontânea. Colaborou, nomeadamente, com Michèle Rioux (dança), Marcelle Hudon (teatro) e Pascal Maeder (cinema). A partir de 1998, multiplicou a sua atividade como baterista em duo com a pianista Karoline Leblanc, com a qual fomentou vários projetos tanto em Montreal como em Portugal, onde presentemente residem.

VICENTE MATEUS | Vive e trabalha no Porto, tem formação em artes plásticas e sonoras, o seu trabalho percorre, sobretudo, campos ligados ao som e ao desenho, onde a bateria e a percussão encontram um espaço central. Interessa-se por movimentos colaborativos, de partilha e com uma energia DIY, utilizando a repetição e o erro como ferramentas para a construção de objetos, sons e imagens.
Desde de 2022 integra a equipa da Sonoscopia Associação Cultural.
vicentemateus.com | soundcloud.com/user-769256906 | hatsizerecords.bandcamp.com/album/ao-vivo-na-casa-bernardo |

Entrada | 07 euros